O repasse de verbas para a saúde deve aumentar. No entanto, o governo federal pretende passar essa conta para o bolso do contribuinte, criando um novo imposto, a CSS (Contribuição Social da Saúde).
O imposto foi proposto pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS) e, caso seja aprovado, incidirá sobre a movimentação financeira. De acordo com o deputado Felipe Maia (DEM), a oposição já se organiza para evitar a aprovação da CSS no Congresso Nacional. “Não vamos permitir que essa maldade com o contribuinte seja aprovada. Claro que precisamos de mais repasses para a saúde, mas jogar o ônus no colo do pai e da mãe de família é uma injustiça. O governo tem recursos em caixa para isso, não precisa penalizar o trabalhador com mais um imposto”, ressaltou o parlamentar.
A proposta do deputado é que o governo reduza os gastos com a máquina pública e com os investimentos em outros países. Dessa maneira, os recursos economizados podem ser destinados para a saúde. A folha de pagamento dos servidores contratados pela União, por exemplo, passou de R$ 53 bilhões, em 2006, para quase R$ 80 bilhões, em 2009. O pagamento de pessoal cresceu 44% em quatro anos, enquanto a saúde representou apenas 10% dos repasses, nesse mesmo período.
Foto: Felipe Maia