O aumento do desmatamento fez subir o tom de empresas, políticos e entidades, principalmente da Europa, sobre o que consideram um descompromisso do governo brasileiro com a proteção ambiental.
Nas últimas duas semanas, ao menos três ações foram patrocinadas por representantes desses setores, usando como pressão a barreiras a investimentos ou dificuldades para aprovar o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.
Na noite desta segunda-feira (22), 29 fundos de investimento e pensão, que juntos administram aproximadamente US$ 4,1 trilhões (R$ 21,6 trilhões), enviaram carta aberta a sete embaixadas brasileiras na Europa e no Japão e nos Estados Unidos pedindo uma reunião para discutir o desmatamento na Amazônia.
Na última quinta-feira (18), 29 deputados do Parlamento Europeu mandaram carta ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizendo-se preocupados com uma escalada de medidas com potencial de pôr em risco o ambiente no Brasil.
Os eurodeputados são membros não apenas da comissão de ambiente, mas dos comitês que tratam de agricultura e comércio exterior, no qual têm sido discutidas novas regras para acordos comerciais como o que foi negociado com o Mercosul.