Ex-secretária da Receita reafirma encontro com Dilma

A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira voltou a reiterar a veracidade do encontro em que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) teria lhe orientado a apressar a conclusão das investigações sobre um dos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo Lina, que foi comunicada de sua demissão em 07 de julho pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) há mais de uma testemunha do encontro.

“O encontro efetivamente aconteceu”, disse ontem (11) Lina em entrevista à TV Globo, acrescentando que sua chefe de gabinete e seu motorista, além da própria chefe de gabinete da ministra, teriam presenciado o encontro. “Ela esteve comigo em conversa particular, e pediu para que eu agilizasse a fiscalização do filho de Sarney.”

Lina disse não ver motivos para que Dilma, pré-candidata do presidente Lula para a sucessão presidencial de 2010, negue a reunião, que teria ocorrido no final do ano passado, depois da decisão judicial que determinou o reforço da fiscalização sobre negócios da família Sarney. “Não vejo nada de mais neste encontro”, ponderou.

O assunto do suposto encontro restrito entre Lina e Dilma foi noticiado na edição de domingo (9) do jornal Folha de São Paulo. Em entrevista ao diário paulista, Lina disse que, às vésperas das eleições que levaram, em fevereiro, o senador peemedebista à cadeira mais poderosa do Senado (pela terceira vez), “não queriam problema com Sarney”.

Relator da CPI da Petrobras, que investiga indícios de irregularidade na estatal, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), trabalha para impedir que Lina preste esclarecimentos ao colegiado. Um dos motivos do desgaste de Lina foi revelado em maio: a Petrobras alterou o próprio regime contábil, o que resultou na redução de R$ 4,3 bilhões em pagamento de tributos; na ocasião, a Receita emitiu nota mencionando a legislação que, teoricamente, impedia a manobra da empresa.   

“Eu não vejo nenhuma necessidade de ouvir a doutora Lina. Ela não vai acrescentar nada, não vai quebrar o sigilo da Petrobras, não vai dar nenhuma informação e não está mais no comando da Receita Federal”, afirmou o peemedebista.

Fonte: Congresso em Foco

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