“Eu não mandei Natália “Barulhenta” Bonavides se prostituir”. É Fake News

A frenética deputada federal petista Natália “Barulhenta” Bonavides (que eu considero gente boa) envia ao blogue do Xerife um texto tipo… ‘DIREITO DE RESPOSTA’ solicitando publicação neste espaço sobre o debate de suas posições na mídia em relação ao que pensa sobre a demolição do Hotel Reis Magos, de Natal. Devo esclarecer que isso não é um DIREITO de RESPOSTA tamanho é o texto enviado (o direito de resposta equivale ao mesmo tamanho da notícia postada, pois). Mesmo assim, em respeito a BONAS (como a chamo carinhosamente) postarei o que foi solicitado na íntegra e lá embaixo farei minhas considerações, talkey?

Vamos lá ao que mandou Natália: “O dito e o não dito sobre o Hotel Reis Magos”

Sobre o Hotel Reis Magos, um dos poucos exemplares da arquitetura moderna brasileira em nossas terras: engraçado ver uma parte da elite natalense, que em suas férias anuais no exterior se deslumbra com prédios históricos, bradando pela demolição do hotel potiguar. Qualquer bequinho francês mais ou menos preservado merece ao menos um stories no Instagram de animados viajantes. Construções que esses países, em algum momento, decidiram não demolir. Mas quando as linhas arquitetônicas que pedem socorro são da terra nativa, são “porcarias”. O histórico viralatismo que acha que só é merecedor de atenção o que é de fora. Nada contra vira-latas, tenho até duas gatas que são. Mas essa síndrome nos lembra que tem quem ache que a gente merece menos.

Em tempos de anticiência, em que até a vacinação está em risco e o sarampo retorna, não é exatamente surpreendente que não se dê valor a um parecer técnico-científico elaborado pelo Departamento de História da UFRN. Ou a uma análise técnica da Fundação José Augusto. Ou ao estudo do IPHAN que, mesmo não tendo prosseguido o processo em âmbito federal, reconhece que o prédio tem as características para tombamento em âmbito local. Ou a um parecer técnico elaborado conjuntamente pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFRN e Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tristes tempos em que a produção do conhecimento técnico-científico tem sido, mais do que desvalorizada, até atacada.

As reações à minha publicação defendendo o tombamento do Hotel foram muitas. Teve colunista dizendo que afirmei que o prédio era público, não sei se por má-fé ou por falta de atenção. Um outro, por má-fé ou preguiça, afirma que cheguei agora no tema, ignorando que meu posicionamento público sobre o assunto não mudou desde meu primeiro ano como vereadora de Natal. Outro me mandou ir morar lá (risos!). Um outro blogueiro sugeriu que eu me prostituísse naquelas redondezas de noite com minhas amigas. E um outro, por fim, queria que eu ficasse “caladinha”, assim mesmo, no diminutivo. Coisinhas que a gente escuta quando é mulher e jovem na política.

Todo esse brado tem razões claras e cristalinas como a água. Não pensem as leitoras e leitores que seria somente o Hotel a despertar toda a reacionária comoção. A questão é outra e tem nome e sobrenome: Revisão do Plano Diretor de Natal. Que está sendo feita de forma bastante atropelada, ressalte-se.

No debate político, deve-se analisar sempre também o não dito. As entrelinhas. No debate do plano diretor, idem. Quando gritam “modernização!”, não poucas vezes o que se quer dizer é: apropriação, pelo poder econômico, de coisas tão nossas como desfrutar da praia.

A polêmica em torno do Hotel Reis Magos esconde um debate maior, que envolve pouca visão de futuro, muito interesse econômico e muita pressão da especulação imobiliária, ansiosa por colocar por ali e por toda a nossa orla prédios altos que privatizem até a vista pro mar numa capital litorânea. (Não custa lembrar do mau histórico das privatizações em nossas terras: o hotel Reis Magos era público e foi após sua privatização que se viu inutilizado.)

Temos que ficar atentos para preservar o interesse público, o meio ambiente, os ditames do Estatuto da Cidade e da Constituição Federal. A especulação imobiliária sempre quis causar um grande impacto nas discussões do plano diretor de Natal. Da última vez, tentou e perdeu. Conseguirá ganhar agora?

Do blogue do Xerife: Não vou me reportar as outras considerações, apenas as que me dizem respeito. Natália, realmente eu fiz duas sugestões. Já que você gosta tanto dos ESCOMBROS do Hotel Reis Magos, que fosse morar lá. Disse! É fato! Você pode morar até pela calçada. Não interessa, embora eu vá ficar com peninha. Mas, falei em tom de ironia.

Quando eu falei que você fosse dar ‘umas voltinhas’ a noite por lá e convidasse algumas ‘amiguinhas’ não as tratei de “PROSTITUTAS”. Longe de mim pensar dessa MANEIRA. Fiz uma referência ao perigo da ONDA de ASSALTOS por lá. APENAS! Eu tenho muito respeito pelas pessoas e não iria SUGERIR que você e suas amigas fossem se “PROSTITUIR”. Diante de tal fato, acho que você me deve um PEDIDO de DESCULPA.

Sim! Este espaço é democrático e jamais deixaria de conceder o sagrado DIREITO de RESPOSTA a ninguém. Talkey?

Em tempo: Natália nega que foi um pedido de DIREITO de RESPOSTA. O blogue do Xerife entendeu que foi. Pois, várias citações no seu TEXTO são diretas ao que este blogue publicou. E, ela, enviou o texto ao blogue antes de soltar para outros meios de comunicação.

Uma resposta

  1. COMO pode uma Deputada, formada em direito não saber ler e nem interpreta um texto, até meu filho de 5 anos entendeu o que foi escrito na publicação. Deputada, em vez de tá indo pelo Brasil a fora tomar as terras do povo, vá fazer o que se deve e pra que foi eleita, trazer melhorias pra nosso estado, e não tá fazendo zuada por um monte de lixo e escombros.

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