Sem quadros, pois os partidos políticos brasileiros só cuidam de eleição na véspera do pleito, tem sido grande a corrida de alguns dirigentes partidários no Rio Grande do Norte (RN) na busca de quem queira disputar um mandato parlamentar.
Sem as coligações proporcionais, a ajuda para a eleição de um deputado, estadual ou federal, tem que sair da própria agremiação. E será muito alto o quociente eleitoral, a regra que define os 24 integrantes para a Assembleia Legislativa, e os 8 deputados federais do Estado.
Para eleger um deputado estadual o partido precisa ter o mínimo de 80 mil votos, e para o deputado federal 180 mil sufrágios. São poucos os que conseguem somar esses totais. E são também poucos os candidatos que recebem, individualmente, essa votação mínima.
Em 2018, quando foram eleitos os legisladores que concluem seus mandatos após o pleito do próximo ano, somente dois deputados federais superaram a votação mínima, Benes Leocádio ( 125.841 votos) e Natália Bonavides (112.998 votos). Todos os demais ficaram bem abaixo, sendo que, por conta da coligação, ainda existente na época, o último deputado federal vitorioso, Fábio Faria, atual ministro das Comunicações somou 70.350 sufrágios.
Para estadual, o mais votado foi o atual presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, com 58.221 votos.
Por Saulo Medeiros