“Eleição municipal é desvinculada de cenário nacional”, diz cientista político

Para o cientista político João Evangelista, a diferença de desempenho entre o campo nacional e o local dos maiores partidos do Brasil é natural. Ele explicou que a conjuntura política dos estados, não só no Rio Grande do Norte, pode seguir uma ordem diferente da do Congresso Nacional. “Os sistemas políticos locais são diferentes do sistema nacional. As realidades divergem”, constatou.

De acordo com Evangelista, não só os cenários políticos, mas o próprio rumo das eleições municipais não segue a mesma tendência do plano nacional. “A eleição municipal é desvinculada do cenário nacional. Não existe uma relação direta. As conquistas ou derrotas dos partidos não estão relacionadas à posição que possuem em Brasília. Cada município tem características distintas. Prevalecem, em geral, as questões locais”, analisou.

A história política recente do Rio Grande do Norte mostra a distinção do eleitorado entre os cenários nacional e local. Em 2008, auge da popularidade do então presidente Lula (PT), a candidata da base deapoio ao governo do PT, deputada federal Fátima Bezerra, foi derrotada no primeiro turno das eleições pela prefeita Micarla de Sousa (PV), que tinha o apoio do Democratas, principal adversário do governo.

Em 2010, mais uma vez o cenário nacional não interferiu no resultado local. Enquanto a presidenta Dilma Rousseff teve ampla maioria no estado, a então candidata ao governo Rosalba Ciarlini (DEM), que fazia oposição a Lula no Senado Federal, foi eleita no primeiro turno das eleições.

Do Diário de Natal

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