Segundo a Procuradoria Geral da República, Agripino teria conseguiu a liberação de recursos do BNDES para a OAS concluir as obras do estádio. Em troca, a construtora teria doado, oficialmente, R$ 500 mil para o Diretório Nacional do DEM no ano passado.
Os recursos sofriam entraves em razão de irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O pedido de investigação relaciona mensagens de celular trocadas entre executivos da OAS relatando que Agripino se reuniu com autoridades “para esclarecer o problema e apelar por solução que evite interrupção no fluxo de pagamentos e interrupção da obra”.
O pedido de investigação ainda registra depoimento em que o doleiro Alberto Youssef afirma ter administrado “caixa 2” para a OAS, intermediando repasse de doações eleitorais não declaradas para pagamento de propina. O doleiro afirmou ter enviado R$ 3 milhões em espécie a Natal. Numa das planilhas de Youssef, há registro da entrega de R$ 150 mil a alguém no Rio Grande do Norte, sem identificação da pessoa e do ano.
Na autorização da investigação, Barroso escreveu que a abertura do inquérito “pode trazer algum tipo de “constrangimento” a parlamentares, mas que os órgãos “devem ter a possibilidade de realizar as investigações quando verificado um mínimo de elementos indiciários”.