‘Derrota contabilizada’, admite líder do governo sobre Congresso derrubar veto à desoneração

A base governista no Congresso já admite a derrubada nesta quinta-feira (14) do veto presidencial ao projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento. Segundo o líder, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o governo reconhece que há parlamentares da base que votarão pela derrubada do veto. “Vamos tratar como uma derrota contabilizada. A minha função como líder do governo é sustentar os vetos do presidente da República e assim o farei, tendo consciência da maioria contrária.”

Randolfe disse ainda que os parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vão impedir que o tema seja analisado na sessão do Congresso. “Consultei o ministro [Fernando Haddad] sobre a apreciação do veto. O ministro disse que não foi possível conseguir o acordo, então aquiesceu que poderíamos sinalizar ao presidente Rodrigo Pacheco que o governo não criaria óbice à apreciação. Mas a orientação do governo será pela manutenção do veto”, disse o líder do governo.

O projeto da desoneração deve entrar entre os primeiros itens a ser analisados na sessão desta quinta-feira (14). O primeiro tema acordado entre os líderes é a análise dos vetos ao marco temporal, outro item no qual o governo também já admite a derrota. Outras prioridades acordadas para apreciação foram os vetos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e ao novo marco fiscal.

Mesmo com a iminente derrubada do veto da desoneração, o governo afirma que está à disposição para continuar dialogando com os setores na tentativa de apresentar uma proposta alternativa. No entanto, há uma tendência de que o tema seja judicializado, com a alegação de que o projeto é inconstitucional.

A contrapartida para admitir a inclusão da desoneração na sessão mesmo não travando a pauta foi a construção de um acordo para garantir a votação de temas importantes para garantir a meta fiscal estabelecida pela equipe econômica. Randolfe frisou o diálogo para aprovar a medida provisória (MP) das subvenções, que limita a transferência de recursos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pelas empresas para reduzir a base de cálculo do pagamento dos impostos federais.

R7

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