O ministro Garibaldi, que na semana passada, num gesto da praxis política, entregou carta-demissão à Presidência da República, admitiu hoje que não alimenta expectativa de permanecer no cargo a partir de janeiro do ano que vem. Garibaldi disse que, mesmo sendo convidado para voltar à pasta, terá de examinar a possibilidade. “Entreguei a carta, mas está sendo dado prioridade à equipe econômica. Há grande expectativa em torno disso. Depois a presidente vai cuidar dos demais ministérios”, afirmou.
Sobre sua permanência, afirmou que não recebeu nenhuma sinalização da presidente ou do ministro chefe do gabinete civil, Aloizio Mercadante. “Eu não tenho como dizer nada porque a própria presidente não mandou me dizer nada. O Mercadante não me disse nada. Diante disso, minha expectativa é que eu venha a considerar que meu dever foi cumprido, e voltar para o Senado. Eu não recebi da parte deles nenhuma sinalização e então minha expectatiava é essa”.
Instado a dizer se aceitaria permanecer, Garibaldi afirmou que precisaria examinar. “De pronto não posso adiantar. Se por acaso houver o convite, vou examinar qual seria minha opção: Se permanecer no Ministério, se houver o convite, e não estou cogitando de que haja o convite, minha expectativa é de que não vai haver, mas, se por acaso houvesse, iria examinar qual seria a melhor opção”.