Como a inflação alta nos EUA afeta o mercado no Brasil

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em janeiro, divulgado na terça-feira (14/2), subiu 0,3%, ante projeção do mercado de um avanço de 0,2%. A diferença percentual é mínima, mas, na prática, indica uma reversão de expectativas. Isso porque a elevação maior do que a esperada reduz as chances – que já não eram grandes – de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciar um ciclo de corte da taxa de juros da economia americana.

A manutenção dos juros num patamar alto nos Estados Unidos afeta diretamente os mercados globais. Ela faz com que os títulos da dívida americana, os Treasures, se tornem mais atrativos para os investidores, em detrimento de ativos de maior risco, como as ações negociadas nas bolsas de valores. Por isso, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), pode oscilar para baixo na abertura do mercado, a partir das 13 horas desta quarta-feira (14/2).

A agravante é que a perspectiva de cortes de juros nos EUA vem diminuindo semana a semana. No fim de 2023, o mercado acreditava em reduções a partir de março. Agora, dados do CME Group indicam que os agentes econômicos adiaram tal estimativa para junho.

Note-se que a inflação americana, aliada aos juros altos, sua consequência imediata, também exerce pressão sobre os juros futuros no Brasil e a cotação do dólar frente ao real.

Metrópoles

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