Com PMDB à frente, base aliada se rebela, e Dilma busca socorro de Lula

Sob pressão da base governista rebelada contra o apoio do Palácio do Planalto ao PT nas eleições municipais de outubro, a presidente Dilma Rousseff foi se aconselhar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo (SP), ontem, e adiou qualquer mexida no ministério por mais uma semana.

Em conversa de quase três horas, a presidente e seu padrinho político mostraram preocupação com o racha na base aliada do governo e com as dificuldades para agregar apoio em torno da candidatura de Fernando Haddad (PT) à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Os adversários do PT acusam o partido de arquitetar um plano para se tornar praticamente hegemônico no cenário político brasileiro a partir das eleições deste ano.

Dilma ficou furiosa com um manifesto subscrito por 45 dos 76 deputados federais do PMDB, com críticas ao PT e ao governo, e não escondeu a contrariedade ao se encontrar com seu antecessor.

A rebelião da base vem no embalo da pré-campanha municipal, em que todos os partidos – sejam eles governistas ou de oposição – se dizem ameaçados pelo projeto de crescimento do PT, em detrimento dos parceiros da aliança. O pânico maior vem do PMDB, partido que concentra sua força política e eleitoral nas bases municipalistas. Hoje o maior partido do País contabiliza 1.177 prefeitos. Os mais alarmistas diante da movimentação do PT para ampliar suas prefeituras temem que o PMDB acabe reduzido à metade.

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