Faltando cinco meses para a eleição de outubro, os números da pesquisa Sinduscon-Consult, divulgados terça-feira, apontam claramente os caminhos que vão nortear a disputa da Prefeitura de Natal, até porque o quadro se apresenta praticamente inalterado em todas as sondagens feitas pela Consult e outros institutos, num ano mais ou menos. Temos três nomes com reais potenciais de chegar lá: Carlos Eduardo Alves, do PDT, Wilma de Faria, PSB, e Rogério Marinho, PSDB. Carlos Eduardo tem 42,5% das intenções de votos, na estimulada, Wilma, 19,1%, Rogério, 8,1%. A soma dos três dá 69,7%.
No segundo escalão, os dois melhores colocados empataram: Hermano Morais, PMDB, 4,4%, Fernando Mineiro, PT, 4,1%. Em seguida, aparece a prefeita Micarla de Souza, PV, com ínfimos 1,7%, e na poeira distante, Alberto Dickson, PP, 0,40%. Somando os quatro, temos 10,3 pontos, que correspondem exatamente o universo que declarou que não sabe em quem votar, e um pouco acima dos que “não tem candidatos”, 9,90%.
O DEM, com a desistência do deputado Felipe Maia, dificilmente terá candidato, e o PSD do vice-governador Robson Faria, está no mesmo caminho. Os dois partidos deverão apoiar um desses sete candidatos. Que, na verdade, serão cinco, pois ninguém acredita no fôlego de Micarla e, muito menos, no gás de Dickson. Aí a disputa seria por conta de Carlos Eduardo, Wilma de Faria, Rogério Marinho, Hermano Morais e Fernando Mineiro.
A pesquisa revela ainda a baixa rejeição ao nome do ex-prefeito Carlos Eduardo, 7%. A menor entre todos os demais candidatos. A campeã em rejeição é a prefeita Micarla, 79,4%, seguida de Wilma de Faria, 21,8%. Fernando Mineiro, do PT, e Hermano Morais, do PMDB, também empatam na rejeição: um com 12,8%, e o segundo com 12,4%. Mineiro e Hermano ainda não conseguiram empolgar o eleitorado. Nem mesmo os seus próprios partidos.
A partir de agora os ensaios de coligações para o primeiro turno devem ocupar as agendas dessas candidaturas, até porque é fundamental ganhar tempo também na propaganda eleitoral na tevê e rádio. Pergunta-se, por exemplo: Quem o DEM da governadora Rosalba Ciarlini, cujo governo não é bem avaliado pelo natalense, apoiará? As legendas controladas pelo vice-governador Robson Faria penderão para qual lado? E há ainda outras duas perguntas que se ouve no pedaço: Wilma será candidata, mesmo? E Micarla, com míseros 1,7% de intenções de voto, vai se arriscar? Maio, mês das flores e das borboletas, é a marca do pênalti.
Da Tribuna do Norte