Carros envolvidos em acidentes reduzem 38% na capital potiguar

Ao longo do ano passado, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) registrou uma redução no número de carros envolvidos em acidentes em 38%. A pasta planeja uma série de ações ao longo deste ano para manter a estatística em queda e melhorar a mobilidade urbana na capital. Entre as medidas estão a implantação do estacionamento rotativo em quatro bairros centrais, a possibilidade de mais binários e o investimento em outros modais, como ciclovias e ciclofaixas. No Maio Amarelo, mês dedicado à conscientização de motoristas e pedestres sobre as responsabilidades no trânsito, a Prefeitura do Natal promoveu uma série de ações educativas, lives, palestras e debates para discutir futuros e perspectivas da mobilidade em Natal.

Segundo estatísticas da STTU, os acidentes envolvendo carros representaram mais da metade de todos os acidentes entre 2016 e 2020 em Natal, com variações entre 53,38% e 63,67%. Comparando os dois últimos anos completos, entre 2019 e 2020, a redução foi de 38%, caindo de 7.518 para 4.639 acidentes. Mesmo com a queda, os sinistros envolvendo carros representaram 58,10% do total registrado ao longo do ano passado. Os óbitos também caíram: de 9 (em 2019) para 4 (em 2020), perfazendo o menor número em cinco anos. Queda de 55%.

Segundo o secretário adjunto da STTU, Walter Pedro, a pasta tem pensado em alternativas e soluções integradas para redução de acidentes. Dentre as ações do Programa Natal + Vida, projeto que busca reduzir mortes e acidentes de trânsito por meio da educação, os agentes de trânsito e técnicos da pasta municipal mapearam, com base em estatísticas de 2014 a 2018, pelo menos oito quadrantes ou “zonas quentes” da cidade, que são os locais que registraram mais acidentes e óbitos no período. A ideia é fazer uma varredura completa não apenas no trecho do acidente, mas no entorno, observando, por exemplo, se determinado atropelamento foi por falta de sinalização, fiscalização efetiva ou até educação no trânsito.

“Vamos fazer um trabalho na região, não só no local onde ocorreu o acidente. Queremos entender o que ocorreu naquela área e trabalhar a região como um todo, partindo da questão de tratar pontualmente, se houve um problema de sinalização, por exemplo. Mas nossa ideia é avaliar se aquela região como um todo contribuiu para que houvesse aquele acidente, não só a questão do trânsito em si. Faremos dessa forma a partir dos próximos meses”, explica Walter Pedro.

Ainda de acordo com o secretário, na zona Norte, os locais avaliados que deverão receber visitas e análises estão localizados no bairro Potengi, Lagoa Azul, Igapó e Nossa Senhora da Apresentação. Na Oeste, trechos específicos dos bairros de Nazaré e Dix-Sept Rosado serão observados. Na zona Leste, os quadrantes identificados foram a Ribeira, Santos Reis, Cidade Alta, Petrópolis e parte do Tirol, Barro Vermelho, Lagoa Seca, Alecrim e Quintas. Na zona Sul, apenas parte do bairro de Lagoa Nova foi observada.

“Estamos fazendo um levantamento desde 2014 até 2018 para identificarmos essas zonas quentes. Um ano só não dá para fazer essa análise, por exemplo. Identificando esses pontos, nós observamos as questões de engenharia, sinalização, situação da via. Identifica-se também a educação de trânsito ou se foi uma questão de realmente uma falta de fiscalização mais efetiva”, ressalta Walter Pedro.

Além dessa iniciativa, a STTU tem outros planejamentos traçados para 2021. De acordo com Walter Pedro, ruas binárias estão sendo avaliadas no bairro do Alecrim, como o cruzamento da Avenida Coronel Estevam com a Avenida dos Caicós. Os estudos estão sendo feitos e, apesar de representarem mudanças que não acarretam em obras de “grande relevância”, segundo o secretário, precisam de “um grande amadurecimento” nas discussões.

“Você muda a estrutura da via, ela era duplo sentido e passa a ser mão única. Tem a questão do comércio, a estrutura final de cada ponto que estamos avaliando, os benefícios que traremos para a região. Mesmo com tendência a beneficiar a população, precisamos mostrar para os moradores e empresários quais são os impactos positivos, negativos e quais vantagens dessa mudança, por exemplo”, cita.

Tribuna do Norte

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