Câmara de Caicó discutiu tecnologia que estimula produção de chuvas

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A Câmara Municipal de Caicó promoveu audiência pública, nesta quinta-feira (11), através do Centro de Estudos e Debates, para discutir a tecnologia de ionização atmosférica como alternativa no combate aos efeitos da estiagem. A reunião foi uma proposição do vereador Leleu Fontes, em parceria com o curso de Geografia da UFRN, através da professora doutra Sandra Kelly de Araújo, e o escritório de advocacia Sildilon Maia.

Os palestrantes na audiência realizada no auditório do CERES da UFRN foram os empresários Cássio Clemente e Antônio Kazuo, da empresa Rain & Co, que representa a tecnologia no Brasil. Segundo eles, o método de ionização da atmosfera através da eletrificação já foi usado com sucesso em países como Israel, México, Cuba e Rússia.

Cássio lembrou em sua apresentação que as “cargas elétricas são jogadas na atmosfera e descarregam íons que começam a adensar moléculas de água. As moléculas vão se juntando até que tem a formação de nuvens e a precipitação”. Desenvolvia em Israel, a ionização precisa estações compostas por torres: uma de oito metros e sete menores de três metros.

“Essas estruturas são dispostas ao redor da principal, num raio de 150 metros, interligadas eletricamente, e têm uma fonte de energia de um quilowatt. Essa energia sai de baixo para cima, das torres menores para maiores, e acontece o processo eletromagnético”, disse Cássio.

Embora haja variável quanto ao número de torres necessárias para o processo, dependendo das características de cada região, a Rain & Co calcula que seriam necessárias seis estações no Rio Grande do Norte, ao custo unitário de R$ 12 milhões. “Em duas semanas após a instalação os primeiros resultados já começariam a aparecer, pois isso não é um experimento ou um teste. É uma tecnológica de quinze anos com resultados comprovados em outros países”, destacou Antônio Kazuo.

Segundo o vereador Leleu Fontes, proponente da audiência, a ionização atmosférica pode ser a solução para a estiagem prolongada. “Por isso, convidamos as autoridades do Seridó e do estado para mostra a importância da ideia diante da iminência de um colapso no abastecimento. Precisamos analisar esse estudo e dentro da viabilidade técnica, econômica e social encontrar uma saída que possa nos garantir a certeza que não vai faltar água para a sobrevivência do povo de Caicó e de todo o estado”, comentou ao final do encontro. Dentre as autoridades presentes estava o secretário estadual de Agricultura, Haroldo Abuana.

2 respostas

  1. Enquanto desmatarem a região para usar lenha como combustivel de padarias, olarias, fogueiras de juninas e etc a tendencia é a desertificação! Se não houver politicas de reflorestamento p região pode contratar ate indio profissional em dança da chuva.

  2. Soluções existem, o que falta mesmo é vontade política para fazer acontecer. Na verdade a culpa é de quem vota errado, veja só um exemplo no nosso estado: filhos,irmã,pai são os deputados federais que comandam o estado. Na assembleia legislativa a mesma coisa, são famílias qque fazem da política uma profissão de interesse própri, por isso que as coisas não andam.

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