Cade aprova compra da Garoto pela Nestlé após novela de 20 anos

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que regula a concorrência no Brasil, aprovou nesta quarta-feira (7/5) a compra da Chocolates Garoto pela Nestlé Brasil.

O negócio foi feito em 2002, mas vinha em uma noveja jurídica desde então.

“Considerando o histórico de mais de 20 anos desse caso e a existência de um novo marco legal do antitruste no país, a negociação entre Cade e Nestlé resultou em um acordo”, disse o presidente do Cade, Alexandre Cordeiro.

A compra havia sido vetada pelo Cade dois anos depois de ocorrer por resultar em uma concentração que representava na ocasião quase 60% do mercado de chocolates.

A Nestlé recorreu à Justiça e conseguiu o direito de efetuar a aquisição. Depois, nova decisão judicial exigiu que o Cade julgasse novamente o processo, e o caso vinha se arrastando há duas décadas até o julgamento desta quarta-feira.

“Durante o período da recente análise de mercado realizada pelo CADE, a Nestlé se manteve confiante no encerramento do caso”, disse a Nestlé em nota.

“Para a Nestlé, o crescimento e o fortalecimento da Garoto sempre foram cruciais para a evolução da empresa no Brasil. Mantivemos investimentos consistentes, sempre destacando suas marcas icônicas e fomentando o desenvolvimento de toda a cadeia de valor. A conclusão do CADE é técnica e revela entendimento sobre um setor que se mostra muito competitivo, aberto e em crescimento”, disse em nota o presidente-executivo da Nestlé Brasil, Marcelo Melchior.

Compromissos de concorrência da Nestlé

Cordeiro, presidente do Cade, ressaltou na decisão que ocorrerão “medidas que se mostram proporcionais e suficientes para mitigar impactos concorrenciais no cenário atual e garantir os interesses dos consumidores”.

Ao todo, foram quatro compromissos comportamentais assumidos pela Nestlé no Brasil para efetuar o negócio.

No acordo aprovado, a Nestlé Brasil se comprometeu a manter a fábrica da Garoto em Vila Velha (ES) por ao menos sete anos.

A Nestlé também não poderá, por cinco anos, adquirir novos ativos que tenham participação de ao menos 5% do mercado nacional de chocolates. O compromisso não vale para aquisições internacionais.

Metrópoles

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