Deu no Estadão:
É dura a vida de quem tem de lidar com Jair Bolsonaro.
Flávia Arruda e Ciro Nogueira suaram a camisa depois da terça-feira do 7 de Setembro para convencer o presidente a desarmar o espírito e estender a mão ao STF, mas tomaram um “chapéu” do presidente.
Fizeram a cama, nas palavras de um palaciano, mas quem deitou nela e ficou com a fama foi Michel Temer, muito à vontade no papel de “pacificador”.
O ex-presidente ainda conservou a imagem de “independente”: na mesma terça fatídica, chancelou, com Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, a dura nota do MDB contra Bolsonaro.
MDB NA OPOSIÇÃO
Para piorar, enquanto Bolsonaro se entendia com Temer, e os “moderados” do Planalto, junto com Arthur Lira, trabalhavam pelo armistício entre Poderes, Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, castigava o governo e Bolsonaro na GloboNews.
Segundo um conhecedor das tramas do Planalto, o “erro” de Lira e de Nogueira foi figurarem em reportagens da imprensa no papel de “fiadores” da estabilidade e da moderação, capazes de frear Bolsonaro. Esqueceram-se de combinar com o presidente.
Bolsonaro fica contrariado com esses movimentos e gosta de fazer justamente o contrário.
Do blogue do Xerife: O Ministro da Propaganda Fábio Faria ainda não abriu o bico sobre o recuou de seu patrão Bolsonaro. Bem caladinho.