Associação de juízes rebate estudo e diz que Justiça trabalhista é eficiente

Não se pode medir a importância da Justiça do Trabalho pelos direitos devolvidos à sociedade em termos monetários, mas pela pacificação social que promove, diz Guilherme Feliciano, presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).

Na mesma linha, Leonardo Grizagoridis da Silva, diretor da associação que reúne os juízes da grande São Paulo, a Amatra-2, diz que a Justiça estadual responde por mais da metade das despesas do Judiciário, mas “ninguém pensa em extinguir as varas de família ou de falências”.

Feliciano e Silva rebatem um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), divulgado pela Folha na segunda (30).

Nele, o pesquisador André Gambier Campos aponta que a Justiça do Trabalho é cara e está sobrecarregada. Para o autor, porém, a solução não seria reduzir a Justiça trabalhista, mas elevar os mecanismos de negociação para que um número menor de disputas chegassem a ela.

Segundo Campos, para cada R$ 1 pago aos empregados, a Justiça do Trabalho desembolsa R$ 0,91 e a União consegue arrecadar R$ 0,16. “Por esse raciocínio tortuoso, que olha apenas números, a Justiça criminal deveria ser extinta”, diz Feliciano.

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