A verba na conjugação errada do verbo

A deputada estadual Márcia Maia (PSB) fez uso da palavra no plenário da Assembleia Legislativa, na terça-feira, para sugerir que o orçamento destinado à comunicação social do governo do estado fosse extinto. Talvez tenha dito isso na extemporaneidade, afetada pelos surtos de moralismo tático do seu colega Kelps Lima, que já iniciou corrida fora de época nas eleições para prefeito espalhando outdoors pela cidade.

Márcia não deve ter feito uma breve reflexão antes da fala, pois decerto teria lembrado dos números recordistas do orçamento publicitário dos dois governos da sua mãe, a atual vice-prefeita de Natal Wilma de Faria, entre 2003 e 2010, quando foram gastos mais de R$ 70 milhões numa política de marketing que fez história e superou em volume e eficiência as estratégias de comunicação das administrações de José Agripino que culminaram com o ponto alto do programa Ganhe Já.

Pedi a extinção da verba de comunicação governamental, prevista constitucionalmente no orçamento de qualquer governo, após ter sido beneficiada eleitoralmente pela liderança materna construída com as fatias do “bolo publicitário” de antanho, é um caso clássico de cuspir no prato que comeu.

Por Alex Medeiros

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