Em São Gonçalo do Amarante uma situação embaraçosa está para acontecer.
O vereador Alexandre Cavalcanti, do PMDB, filho, primo e tio de ex-prefeitos do município e primo do vice-prefeito e candidato a prefeito Poti Neto, corre sério risco de não se reeleger.
Alexandre aparece em décimo-segundo lugar na pesquisa de intenção de voto realizada pelo Instituto Seta, em parceria com o BlogdoBG. Em outras pesquisas para consumo interno a posição do edil ainda é pior.
Seria um constrangimento para o vereador e ex-deputado.
Não será o primeiro.
Para ser deputado contou com o apoio e a estrutura colocada à sua disposição pelo irmão e então prefeito Poti Júnior, hoje conselheiro do Tribunal de Contas. Quando não conseguiu se viabilizar como candidato com chances de renovar o mandato, foi substituído pelo próprio irmão e espécie da dinastia Cavalcanti.
Alexandre Cavalcanti exibe em seu currículo o fato de ter sido presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol. Chegou lá fazendo política, sucedeu um presidente afastado por decisão judicial e fez do filho Thiago Cavalcanti o secretário-geral da entidade.
Ficou conhecido pela inapetência para o cargo e as longas ausências. Era uma espécie de rainha da Inglaterra. O filho era o primeiro-ministro. Mandava em tudo. A gestão de Alexandre ficou na historia da entidade com folclórica, aconteceu de tudo, de assaltos corriqueiros de dinheiro de renda a dirigente saindo da entidade correndo com documentos debaixo do braço.
E como presidente da FNF não concluiu o mandato. Renunciou ao cargo, abrindo caminho para o vice-presidente, José Vanildo, que permanece no cargo até hoje.
Como na Câmara Municipal de São Gonçalo não tem lugar para primeiro-ministro nem a população perdoa quem sofre de inapetência para o cargo, Alexandre Cavalcanti corre um grande risco de ficar de fora do Legislativo da Terra dos Mártires de Uruaçu.
A dinastia vai ficar menor.