Volta às aulas: fisioterapeuta chama atenção a cuidados para evitar problemas de postura

Natal, 23 de janeiro de 2023
Com a chegada do período de volta às aulas, é preciso retomar uma atenção especial para evitar problemas de postura em crianças e adolescentes. Além do tipo de mochila, os pais e responsáveis devem ficar atentos também ao peso que será carregado, ao condicionamento físico da criança e o meio de transporte até a escola. O uso inadequado, aliado a fatores genéticos e o estirão próprio da idade, podem resultar em sérios problemas posturais e em escoliose.
Quando não diagnosticado e tratado na infância ou adolescência de forma adequada, o desvio postural pode comprometer o paciente com alteração de amplitude de movimento e de desempenhos funcionais e ainda provocar deformidade óssea com artrose futura e outras desordens. Por isso, é importante o alerta para o cuidado com possíveis alterações posturais que aparecem, principalmente, nas fases de estirão.

De acordo com o fisioterapeuta e osteopata Pedro Ivo, especialista no tratamento de escolioses no Centro Vitta, é preciso estimular a forma correta de carregar a mochila, com apoio nos dois ombros ou em carrinhos. “Os principais estudos na área apontam que crianças que fazem uso do transporte público ou vão para a escola de bicicleta ou a pé, tendem a ter mais problemas relacionados as dores nas costas, um dos fatores que podemos relacionar é o tempo de permanência com a mochila. Por isso, sempre que possível, devem tirar a mochila das costas e apoiar em algum local”, explica.
O profissional chama a atenção para o peso da mochila, que deve corresponder a até, no máximo, 10% do peso corporal. A exceção é no caso de adolescente que realiza exercícios físicos de forma regular, o que permite levar um pouco mais de peso. Pedro Ivo recomenda que a mochila seja arrumada diariamente somente com o que é necessário para o dia e que, se possível, que a escola disponibilize locais para armazenamento do material ou utilize ferramentas digitais, como e-books.
Além de reclamações de dores nas costas, é importante atentar para altura dos ombros e posicionamento do quadril. “Um fator que costuma chamar a atenção é quando a criança está sempre com a roupa torta, esse desalinhamento pode ser reflexo de uma alteração postural”, diz o fisioterapeuta.
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