19/07/2020
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Se você, caro leitor, tem alguma ligação política, social, familiar, jurídica com o Rio Grande do Norte, certamente, desde ontem já está sabendo da nova polêmica que nos consome tempo, divergências, likes e encaminhamentos.
De um lado, o time procurador Fernando Rocha e do outro, os pró-abertura do comércio em tempos de pandemia, que tiveram acesso a um vídeo de Rocha malhando, numa academia de Cross-fit nos primeiros dias de reabertura.
A mesma que ele tanto combateu em público. Sim, uma figura pública que age diferentemente do que diz no privado.
Mas onde mesmo a perfeição dos que apontam dedos e mãos contra Rocha agora?
Talvez, ou muito provavelmente, os mesmos que Rocha mirou sua ânsia de fiscal da lei, tantas vezes esquecendo os limites e princípios dela.
Mas voltando à ordem do dia, Fernando Rocha reconheceu o erro e comunicou sua saída do Grupo de Trabalho Covid-19:
Dei mal (sic) exemplo e por ele peço desculpas…
Dizia a nota, usando a assessoria da Procuradoria da República do RN, que também anunciava seu desligamento do tal GT.
A turma aproveitou para tripudiar do erro gramatical do procurador, que costuma fazer o mesmo com ironia e propriedade linguística em suas turbinadas redes sociais.
Logo ele, que mais jovem conseguiu a façanha de passar num dos concursos mais complexos e de melhor remuneração na carreira jurídica do país.
“Humanos, demasiado humanos”…
A obra de Friedrich Nietzsche – que não li, mas adoro o título – queria implodir realidades eternas e verdades absolutas.
Os ilustres membros do MP também erram, no privado ou no público, mas de vez em quando, a VIDA precisa avisar.
Parêntese para citar uma grande amiga procuradora aposentada que me deu das maiores lições num escritório de advocacia:
“Gente é gente e em todo lugar”.
Ou como sempre diz meu pai da forma mais agrestiana possível; “urubu é preto em todo canto”.
Hoje, dicotomia sem fim entre:
Direita e Esquerda, Trump X Xi Jinping, Bolsonaro X Lula, Saúde X Economia, Comércio aberto X Isolamento Social, Fernando Rocha X Blogueiros…
… a pergunta que não quer calar, para onde estamos indo? O que se quer proteger e o que se quer construir com essas batalhas inglórias? Onde o bom senso e o meio do caminho? (mais…)