25/01/2013
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No dia seguinte a recomendação do procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre de Souza Neto, de que os membros do Ministério Público do RN (MP/RN) devem investigar e buscar formas de evitar os gastos municipais com a realização de carnaval no interior do Estado, o promotor Raimundo Caio dos Santos decidiu abrir um inquérito civil para a investigação da festa carnavalesca em Parnamirim, na Grande Natal.
Na abertura do inquérito, publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial do Estado (DOE), o promotor afirma “que tem por objeto fiscalizar as contrações realizadas para o Carnaval 2013 na cidade de Parnamirim”. Para isso, ele solicitou à Prefeitura de Parnamirim que fossem fornecidos dados do evento.
Entre essas informações, estão: informações comprovadas da previsão orçamentária para o Carnaval 2013 e, se for o caso, se haverá necessidade de adequação orçamentária; cópia da programação do evento, indicando a data, o horário e as atrações contratadas; e cópia dos processos licitatórios e dos eventuais procedimentos de inexigibilidade ou de dispensa de licitação referentes a todas as contratações realizadas para a organização do Carnaval 2013 (bandas, banheiros químicos, palco, som, iluminação, camarotes, alimentação etc.).
Segundo Raimundo Caio dos Santos, apesar da cidade de Parnamirim não estar em situação de calamidade pública devido à seca, como lembraram os demais promotores de Justiça ao instaurar inquéritos para a apuração de gastos com carnaval no interior do Estado, outros aspectos devem ser levantados para dar mais transparência ao evento.
Nessa “lista de motivos” que justificam a abertura do inquérito, segundo o promotor, estão: a proximidade do carnaval de 2013, evento que integra o calendário festivo do Município, envolvendo a realização de diversas contratações e vultosos recursos públicos; e a programação do carnaval ainda não foi divulgada, não se sabendo quais bandas foram ou serão contratadas, mas que, costumeiramente, as contratações ocorrem através de intermediários, ao arrepio da Lei de Licitações.
Do Jornal de Hoje