22/07/2012
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Em 2012, começou mais uma rivalidade na política nacional e estadual. Com a criação do PSD, o vice-governador Robinson Faria, que liderou o partido no RN, acabou por romper politicamente com o presidente nacional do DEM, José Agripino, e a governadora Rosalba Ciarlini). Ironicamente, porém, este foi o ano em que ambas as legendas se encontraram pela primeira vez em um pleito eleitoral e, apesar da desavença entre os principais líderes, somou esforços em 48 municípios, devido a “conjuntura favorável para os dois lados”.
Além de bradar que o PSD era um partido formado por pessoas sem história, José Agripino Maia chegou a enfatizar que o DEM não participaria de coligação onde os peessedistas fossem cabeças de chapa. A reação do senador tinha um motivo: o PSD, ao ser criado, atraiu para a legenda dezenas de parlamentares antes filiados ao DEM.
Apesar das coligações que foram formas, o senador reafirma que não subirá em palanque onde o PSD – e também o PT – figurar de protagonista. “Eu só irei a palanques onde os democratas tiverem candidato a prefeito e vice, fora isso irei a eventuais campanhas porque não terei tempo”, arriscou senador. Agripino tem um argumento plausível. Na condição de presidente nacional do DEM destacou que precisará dar cobertura às tantas campanhas com boa perspectiva de vitória para a legenda. Ao falar sobre o recuo na decisão anterior de não se coligar com o PSD, assinalou que é questão de flexibilidade nos “pouquíssimos casos existentes”. “Não significa nem cerceamento e nem arrefecimento de nossas divergências”, sentenciou.
Já o vice-governador Robinson Faria ironiza quando relembra o posicionamento que adotou desde o início das discordâncias com o DEM. Ao contrário do senador Agripino, ele recorda a garantia dada de que não haveria censura com os aliados democratas, embora a preferência de parceria fosse desde o nascedouro com os partidos da oposição no Estado. “Eu sempre falei: não é por conta dessas discussões que nós iremos punir parcerias de campanhas anteriores porque estavam ligadas ao PSD”, assinalou.
Robinson destacou que respeita as militâncias locais, assegura que não passou por qualquer espécie de constrangimento, mas disse que foi informado de supostas “intimidações” e tentativas de obrigarem democratas a não coligar com o PSD. “Continuou a mesma sistemática de nos escantear. Chegaram a dizer a aliados do DEM no interior que se persistissem na coligação conosco perderiam o apoio. Há um sentimento de raiva e perseguição”, concluiu Robinson. O DEM apoia o PSD como cabeça de chapa em doze municípios – Afonso Bezerra, Espírito Santo, Florânia, Montanhas, Monte das Gameleiras, Parelhas, Pedro Velho, Rodolfo Fernandes, Serrinha, Sítio Novo e Vera Cruz.
Tribuna do Norte