O secretário-adjunto da Semurb, Eugênio Bezerra, foi expulso da Câmara Municipal do Natal na tarde desta terça-feira (3), momentos antes do início da sessão. De acordo com relatos iniciais, o assessor da prefeita Micarla de Sousa teria discutido veementemente com a mulher do vereador Júlio Protásio (PSB) nas galerias e, por isso, foi retirado do local pelos seguranças.
O motivo para os ânimos exaltados na CMN é a previsão de votação do Impeachment da prefeita Micarla de Sousa (PV), que poderá ser analisado ainda hoje. Em discussão nas galerias, a mulher de Júlio Protásio e o secretário Eugênio Bezerra discutiram e o auxiliar da prefeita, segundo relatos do local, teria partido para a agressão.
Através do Twitter, a assessoria do vereador Júlio Protásio acusou Eugênio Bezerra de ter cometido a agressão. No entanto, pessoas que estão no local informaram que os seguranças impediram o secretário, expulsando o auxiliar de Micarla das galerias. O próprio vereador, ainda utilizando a rede social, disse que a mulher irá prestar queixa à Polícia.
“Sempre respeitei os limites do pessoal e as questões políticas. Ser adversário político não quer dizer ser inimigo. Tem q existir respeito. Tenho amizades com inúmeras pessoas que não comungam da mesma opinião que tenho. Divergências no campo político são normais. Respeito principalmente a família como instituição. Da mesma forma que exijo que se respeite a minha, no caso a minha esposa”, disse o vereador.
Por outro lado, Eugênio Bezerra negou a agressão. De acordo com o secretário, ele estava conversando com amigas falando sobre a mudança de posicionamento de Júlio Protásio com relação à administração de Micarla e uma pessoa supostamente teria começado a gritar. Ele disse que discutiu, mas negou agressão.
“Eu estava falando e quem me conhece sabe que eu falo gesticulando. Uma pessoa gritou e disse para eu baixar o braço e minha mão bateu em uma mulher. Eu levei um tapa no peito e, quando notei, fui arrastado como um marginal pelos seguranças”, relatou Eugênio Bezerra.
O secretário também garantiu que há pessoas no local, supostamente a mando de Júlio Protásio, que estão intimidando as pessoas que ocupam as galerias para manifestar o posicionamento favorável à Micarla. “Eu estava exercendo o meu direito de cidadão. Sou jornalista, um secretário municipal, mas sou sozinho. Não tenho assessores ou mulher para me defender, ligar para a imprensa e dizer isso ou aquilo. Sou sozinho. Com minhas convicções”, disse, emocionado, Eugênio Bezerra.
Além desse processo de Impeachment, os vereadores também poderão analisar a Lei dos Postos e a Lei de Diretizes Orçamentárias (LDO) para o exercício 2013.
Tribuna do Norte