4/06/2010
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Caro Robson:
Em nome da minha mãe, em meu nome, dos meus irmãos, da minha mulher, dos meus filhos, venho a público agradecê-lo, de forma aberta, franca e emocionada, a homenagem prestada ao meu pai, cuja morte completa 11 anos nesta sexta-feira, dia 4 de junho.
Sem pretextos eruditos, eu lhe digo que é verdadeira a frase grega, de que a palavra escrita é a certeza de que a memória será preservada. Saiba que você foi o único a registrar a ausência de Rubens Lemos, porque o que eu vou colocar em minha coluna do Jornal de Hoje esta tarde não vale, porque eu sou filho.
Portanto, fica, escrita, a minha gratidão e a de todos os que conviveram e amaram o meu pai, uma saudade cada vez mais doída. Remoída.
Somos suficientemente maduros para entender que a arenga tem tentáculos. Há quem não lhe queira bem e há os que não me prezam, pelas razões que as circunstâncias da vida impõem.
Somos suficientemente maduros para entender que são algumas pessoas, anônimas, de surdina, que querem exposta uma inimizade que não teria a menor razão de ser, pelo tempo que nos conhecemos, pelo respeito que sempre tivemos um pelo outro. Embora existam, também, amigos legítimos de cada lado, que entenderão minha postura.
Você escreveu palavras que doeram em mim e nos meus, mas assinou, o que demonstra a sua coragem de assumir o que pensa.
Sigamos a vida, com nossas famílias, nossos filhos nos orgulhando e vacinados contra a intriga.
É o que eu penso, sem rancor, nem ódio, sentimentos que a politicagem pequena não pode introduzir na convivência entre pessoas civilizadas.
Receba meu abraço e a certeza de que – tivéssemos conversado antes -, tudo teria sido esclarecido. Eu assumo este erro.
Tenho certeza que o meu pai está feliz onde estiver. E está num bom lugar, pelo tanto que sofreu por aqui.
Siga em frente com o seu blog, que sempre li e vou continuar lendo todos os dias.
Um abraço,
Rubens Manoel Lemos Filho,
Natal, 4 de junho de 2010.