5/05/2010
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Na primeira entrevista concedida a uma emissora de rádio caicoense, depois da saída do governo, hoje (05), Wilma de Faria (PSB) confirmou sua candidatura ao Senado da República.
Nas declarações ao Grande Jornal da Rural, apresentado por esse blogueiro, a ex-governadora também disse ser vítima da guerra política dos adversários, além de esperar pelo apoio do Partido da República, presidido no estado pelo deputado federal João Maia.
Blog: Muito se especula que a senhora poderá mudar seu projeto político, para ser candidata a deputada federal. Existe essa possibilidade?
Wilma: Eu sou candidata ao Senado da República porque eu não posso trair o povo do meu estado, que me incentivou a isso. Eu sou candidata para ganhar, porque na minha avaliação, e pelas pesquisas que eu tenho acesso, a minha situação é excelente. Mas, eu sou vítima de um trabalho que os meus adversários, que tem todos os meios de comunicação, fazem. Portanto, eu já estou acostumada com isso. E não tenho nenhum temor. Sei que isso é uma jogada, é a preocupação com o crescimento do reconhecimento do meu trabalho, da avaliação positiva da população. Eu nunca disse nada isso. Eu nunca vi ninguém perguntar se José Agripino ou Garibaldi Filho serão candidatos a deputado federal ou governador. Nós discutimos com a Executiva nacional como vai ser a composição dos partidos, mas tudo bem. Faz parte da minha vida. Sempre enfrentei desafios, principalmente com meios de comunicação do estado do Rio Grande do Norte. É por isso que dizem que Wilma cresce no período da campanha, porque é nesse momento que posso falar igual a todos.
Blog: A senhora diz que tem pesquisa de consumo interno, que não podem ser divulgadas, mas que lhe dão uma posição bastante privilegiada. A senhora acha que uma vaga é sua para o Senado. De quem será a outra vaga?
Wilma: Quem vai dizer é exatamente o povo. Eu desejo chegar a ocupar uma vaga no Senado, porque sei da importância de um senador dar retorno o estado do Rio Grande do Norte, por representá-lo no Congresso Nacional. E ele tem, portanto, uma força imensa. Somente no Senado, o Rio Grande Norte é igual aos demais estados. O Senado Federal tem que prestar contas da atuação política e sua plataforma de trabalho. Eu vou discutir na pré-campanha e na campanha com a população a nossa plataforma de trabalho e a importância da figura do senador e da senadora.
Blog: O atual governador, Iberê Ferreira de Souza (PSB), tem todas as condições de ser candidato ao governo do estado? Ou existem informações plantadas pela oposição?
Wilma: Se ele não tivesse condições, Iberê seria o primeiro a falar isso para a opinião pública do Rio Grande do Norte. Iberê é um homem de coragem pessoal imensa e enfrentou esse problema de frente, deixando bem transparente o que estava acontecendo com a sua vida. Ele está fazendo o tratamento de forma preventiva, porque o problema foi detectado no nascedouro. Por isso, ele está podendo fazer o trabalho administrativo. E, na próxima semana, ele deve estar terminando esse tratamento, para poder iniciar o processo da campanha política. Se ele não pudesse ser candidato, daria imediatamente uma informação. Se acontecer algo que não esteja previsto pelos médicos, todo mundo vai saber.
Blog: O PR do deputado federal João Maia vai apoiá-la para o Senado?
Wilma: Pelo menos foi isso que o presidente do partido, João Maia, declarou em várias oportunidades, antes de fazer essa aliança com o PV e o PMDB. Na verdade, ele tem dito que está dando o apoio para que o PMDB não vá se aliar ao DEM. E o deputado João Maia falou várias vezes da interação do PR que cresceu, nesses últimos tempos, junto ao nosso governo. O PR não elegeu nenhum deputado estadual, mas o deputado Vivaldo Costa esteve na Assembleia durante todo esse período, deu seu recado e prestou contas e é uma pessoa que luta pelo povo seridoense. Como também o deputado João Maia, que começou como secretário de Desenvolvimento Econômico no meu governo, deu continuidade na indicação dos representantes na secretaria, também na CAERN. O PR sempre esteve no governo de Wilma. E continua no governo de Iberê.
Blog: Vivaldo passou esse tempo participando do governo. E agora, como a senhora analisa ao apoio dele a uma candidatura adversária da sua base aliada?
Wilma: Quem pode responder é o próprio deputado Vivaldo Costa e o deputado João Maia. O que tinha de falar eu já falei, sobre o nosso posicionamento em relação aos partidos políticos que participaram da nossa administração.
Blog: Quem está com a posição mais coerente em relação à senhora: o prefeito Bibi Costa ou Vivaldo?
Wilma: Não vou fazer essa avaliação. Quem tem que fazer esse julgamento é o povo seridoense. Tudo o que nós fazemos na vida pública, pagamos porque a população avalia. Eu quero agradecer o trabalho que o prefeito Bibi Costa tem realizado, mostrando a ação administrativa. Ele tem me dado apoio total. E que ele continue trabalhando, fazendo com que os sonhos do povo de Caicó se realizem.
Blog: A discussão da ficha limpa, travada entre a senhora e José Agripino, rendeu alguma coisa politicamente? Ou foi algo momentâneo.
Wilma: Eu nunca deixei nenhuma pergunta sem resposta. Na hora que o senador José Agripino começou a falar sobre ficha limpa, e fez insinuações ao meu nome, fui logo dizendo que nós não podemos questionar ficha limpa, porque o senador sabe que a minha ficha é tão limpa quanto à dele. E foi encerrado o assunto.
Blog: A senhora não acha que as candidaturas dos seus filhos Lauro e Márcia Maia poderão provocar reação dos seus correligionários, principalmente aqui no Seridó, se sentido com os redutos eleitorais invadidos?
Wilma: Quando eu comecei a fazer política no estado, porque antes eu passei muito tempo na prefeitura de Natal, Márcia já era deputada estadual. E ela desenvolveu seu trabalho na Assembleia sendo considerada, por várias vezes, a deputada mais atuante. Com relação a Lauro, o que está acontecendo vem do seu pai, Lavoisier Maia, que não será mais candidato. Ele (Lauro) vai ocupar esse espaço deixado. É uma questão discutida com o nosso partido, com a população e acredito que não haverá nenhum problema em relação a isso.
Dar início a uma escalada de ações que possibilitem a prevenção do consumo do crack no Brasil e o tratamento dos usuários da droga. Esse foi um dos objetivos da audiência pública realizada nesta quarta-feira (5), na Câmara Federal, em Brasília, quando, foi lançada a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, presidida pelo deputado federal Fábio Faria (PMN-RN) e instalada com o apoio de mais da metade dos parlamentares da Casa e de 20 senadores.
