9/04/2010
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O deputado federal João Maia (PR) esteve em Jardim de Piranhas, nesta sexta-feira (09), para a inauguração do fórum Desembargador João Marinho.
Na oportunidade ele conversou sobre as atuais conjunturas políticas no estado.
Blog: O senhor veio com a bagagem cheia de assuntos para tratar sobre a política do rio Grande do Norte?
João Maia: A gente adiou a conversa, eu, Henrique [Alves] e Micarla [de Souza], prefeita de Natal, para amanhã. Estamos consultando as pessoas com muito jeito, para não ferir ninguém. E eu estou com um problema, porque Henrique é vascaíno e está querendo assistir o jogo do Vasco. E está querendo transferir essa conversa para segunda-feira.
Blog: E na conversa com o governador Iberê Ferreira de Souza (PSN), quais serão os principais assuntos discutidos?
João Maia: A gente tem uma conversa sobre a administração e as principais ações. Iberê tem a gentileza de me ouvir sobre a segurança, saúde, educação e estradas. A conversa é muito voltada para o que o governo vai fazer. Mas também tem conversa política.
Blog: Iberê deu uma declaração à imprensa de que confia no apoio do PR, mas preferia que ele participasse da chapa majoritária. Como o senhor analisa essa questão?
João Maia: Ainda tem muita água para baixar debaixo da ponte. É melhor a gente estar na coligação majoritária, mas nós precisamos dar uma solução. É uma questão pessoal que envolve [o senador] Garibaldi Filho, mas nós vamos tratar isso com toda a atenção e carinho. A gente tem muita conversa.
Blog: Que tipo de conversa?
João Maia: São vários lances, como no jogo de xadrez. Você tem que pensar no próximo lance. As convenções apenas serão em junho.
Blog: Corre o risco de não se eleger João Maia, perdendo uma provável indicação para ministro, e Henrique, que pode perder a presidência da Câmara?
João Maia: Não temos o direito de correr risco apenas por nós, mas pelo Rio Grande do Norte. Somos pessoas racionais e vamos trabalhar quais são os riscos que a gente pode correr. Não é razoável que a gente corra [os riscos].
Blog: A sua preferência para a chapa proporcional seria PR, PMDB e PV?
João Maia: É uma hipótese. O deputado Henrique gosta da idéia. Eu conversei com a prefeita Micarla de Souza, mais de uma vez, sobre esse assunto. Não adianta também você sair sozinho ou inventar alternativa. Aliança é como casamento: tem que os dois gostarem.
Blog: O senhor se apresenta como um dos principais aliados do governador Iberê. Ele tem dito que quer priorizar algumas ações para o Seridó?
João Maia: O Seridó está vivendo um fato preocupante que é a questão das drogas. Nós precisamos de segurança. A gente precisa de uma escola pública que dê esperança aos filhos das classes mais humildes. E a gente está fazendo essa discussão de verdade. Não é um discurso eleitoral. É uma questão de qual vai ser o nosso futuro. O Seridó já foi o berço dos políticos do Rio Grande do Norte, já foi o berço da economia com o algodão e xelita. Isso passa por uma ação do governo federal, estadual e por uma ação combinada dos prefeitos. A gente não pode esvaziar economicamente o Seridó, porque vai obrigar os nossos filhos a migrarem.
Blog: Sua esposa, Fernanda Maia, e sua irmã Zenaide Maia são colocadas como pré-candidatas a vice-governadoras de Iberê Ferreira de Souza. Essa conversa pode se prolongar?
João Maia: Fernanda é uma grande companheira. E Zenaide é uma médica de saúde pública. As duas são do Partido da República. Se eu dissesse que essa hipótese está descartada, eu estaria sendo falso. Eu combinei com Iberê que a gente só conversa sobre vice em maio. E o vice vai ser aquele ou aquela que melhor ajudar.
Blog: Quando o senhor diz que Fernanda fala por ela, o problema é que ela só fala se o senhor autorizar.
João Maia: (risos) Só você Robson para perguntar uma coisa dessas. Você não conhece Fernanda, ela é brava.
Blog: Uma composição do PR, PMDB e PV na proporcional descartaria sua legenda de indicar o vice de Iberê. Mesmo assim, o senhor defenderia o perfil de uma mulher para ser a vice?
João Maia: Eu sempre achei que a gente deveria ter uma vice. Não adiante a gente definir perfil, mas que tivesse uma ligação com a segurança e com a saúde. Um dos granes ônus da aliança é que a gente tiraria o PR, PMDB e PV de uma possível aliança com o PSB para o governo.